A depressão é uma condição
geralmente acompanhada de
culpa.
Quem está deprimido busca
algo de errado que imagina
ter feito e que precisa
ser castigado.
Assim, o seu sofrimento é um chicote que
esbofeteia sua mente para purificá-la.
A depressão é vista como uma consequência
do afastamento de Deus, que agora mostra o
seu poder.
Se a comunhão com ele não veio por amor,
a reconciliação chega pela dor.
Para o deprimido, sua angústia demonstra
uma fraqueza moral e espiritual, que não
poderia ou deveria sentir.
Por estar enferma, a mente não percebe
que está doente e é fértil em inventar
explicações que amplificam o seu
sofrimento.
Por estar enferma, a mente não enxerga
o amor de Deus, apenas a sua justiça.
Por estar enferma, a mente se satisfaz com
respostas simplistas, que ignoram sua
pressionada história de vida, seu corpo
incapaz de regular os neurotransmissores
ou o poder dos traumas emocionais por
que passou, entre tantos fatores.
Em lugar de se refugiar numa fé opressora,
quem está deprimido precisa deixar que a
razão pesquise as causas da sua enfermidade.
A cura não vem da culpa diante de Deus, mas
do conhecimento de como funciona a mente
humana.
A cura não vem do medo de Deus, mas da
certeza do seu amor incondicional.
Israel B. Azevedo
_“O coração do homem é como um moinho
que trabalha sem parar. Se não há nada
para moer, corre o risco de se triturar a si
mesmo”._ (Martim Lutero)