Precisamos aprender a lidar
com a depressão.
Seu poder é mais destrutivo
quando deixamos
que nos engane.
A depressão se faz
acompanhar pela culpa
e nos martela com uma pergunta:
o que fizemos: para estar assim?
A depressão tem sempre à mão uma pílula de
otimismo, segundo a qual basta que tenhamos
força-de-vontade para ficarmos livres.
A depressão nos seduz com a ideia de que,
como somos inteligentes, sairemos sozinhos
do seu labirinto, sem ajuda de ninguém.
A depressão criminaliza os psicólogos e os
médicos, aqueles porque querem nos libertar
por meio apenas de palavras e estes porque
prescrevem remédios que escravizam.
A depressão é charlatã: conhecedora de
nossos desejos profundos, superficialmente
nos promete que, de uma hora para outra,
ficaremos saudáveis.
Não nos deixemos enganar.
Se a depressão chegou, não somos culpados.
Ela não é o efeito de uma causa que podíamos
ter evitado.
Ela não veio em consequência de nossa
ignorância.
Ela não é um castigo que Deus nos enviou
para nos punir ou para nos ensinar a viver.
Mentiras como estas nos fazem sofrer ainda
mais.
Quando a depressão chega, a primeira coisa
que precisamos claramente afirmar, mesmo
que aos trancos e barrancos, é que somos
amados por Deus, que põe um exército para
lutar conosco. (CONTINUA)
Israel B. Azevedo
“Quase sempre subestimamos o poder de um toque,
de um sorriso, de uma palavra amiga, de um ouvido
atento, de um cumprimento honesto ou de um pequeno
gesto de carinho, que têm o potencial de mudar
uma vida ao nosso redor”. (Leo Buscaglia)