A palavra mais difícil não é fé.
Nossa maior dificuldade não é ter fé,
sentimento possível para todos, uma
vez que é uma resposta.
A palavra mais difícil é graça,
embora seja incrivelmente fácil recebê-la.
Para correspondermos a um sorriso de criança,
não precisamos entendê-lo.
Para rirmos de uma estória bem-humorada que
nos contam, não esperamos que ela faça sentido.
Para nos enternecermos diante de uma rosa
fulgurante num jardim, não temos que conhecer
botânica.
Simplesmente recebemos o sorriso, a criatividade
e a beleza como um presente, vindo de uma
criança que gostou de nós, sem explicação;
de um contador de estórias, que nos encantou;
da natureza que nos maravilhou.
Essas metáforas nos aproximam da graça de Deus,
que nos alcança como um presente, sem que nada
tenhamos feito para merecê-lo.
É como uma cesta-de-café da manhã que recebemos
de uma pessoa a quem nunca fizemos um favor.
É como um abraço de uma jovem bem-vestida e
sorridente dado numa moradora de rua sem
esperança, para convidá-la para jantar.
O Deus eterno nos envia sua graça no corpo de Jesus,
fazendo-o morrer na cruz para que o carimbo
de “culpado” seja tirado da testa de cada um de nós.
Não dá para compreender o gesto,
mas podemos recebê-lo.
Israel B. Azevedo
“A graça expressa dois pensamentos que se complementam:
é o favor não merecido de Deus para conosco através de
Cristo e é o cuidado de Deus para conosco através
do Espirito Santo”. (Jerry Bridges)