Estamos envolvidos numa guerra que atravessa
milênios e que só terá o seu fim quando o Senhor Jesus
puser “todos os inimigos debaixo dos seus pés”
(1 Coríntios 15.24,25).
As armas que temos ao dispor para lutar nessa guerra,
não são armas carnais, porque a luta é espiritual,
nossa luta não é contra seres humanos,
mas contra Satanás.
A armadura à disposição do cristão
tem seis peças principais:
O cinto, a couraça, as sandálias,
o escudo, o capacete e a espada.
A armadura é de Deus (Isaías 59.17),
mas hoje Ele possibilita que nos
revistamos dela, a fim de estarmos
devidamente equipados.
É uma armadura perfeitamente adequada
para a luta.
Nenhuma de suas peças são dispensáveis.
Paulo insiste: “Tomai toda armadura de Deus”
(Efésios 6.13).
O Cinto da Verdade
O cinto do soldado antigo envolvia a sua cintura e servia para prender a túnica e
segurar a espada.
O cinto do soldado cristão é a “verdade”, isto é, a sinceridade ou integridade.
Deus requer que sempre falemos a verdade
(Efésios 4.25).
Nada de hipocrisia, insinceridade, ou fingimentos.
Precisamos “andar na verdade”, orientar nossa conduta pela verdade (2 João 4).
Caso contrário, estaremos fazendo o jogo do Diabo e não poderemos vence-lo.
A Couraça da Justiça
O soldado antigo dispunha de uma couraça
que protegia todas as suas partes vitais.
Era a principal peça da armadura.
A couraça do cristão é a “justiça” de Deus;
a justiça que Deus a ele atribui.
A justiça que temos em Cristo é nossa
proteção contra as acusações de Satanás
(Romanos 8.1,33).
Mas a couraça da justiça pode ter também o sentido de justiça de caráter e de conduta
que se exige do cristão
(Efésios 4.24).
Em todas as coisas, grandes e pequenas, o cristão em Cristo precisa agir com justiça.
E se ocorrer de vir a pecar, esta justiça pode lhe ser aplicada mediante o
arrependimento e confissão
(1 João 1.9).
As sandálias do Evangelho da paz
O soldado antigo calçava sandálias que eram feitas de couro, tinham cravos na sola,
eram presas nos calcanhares e nas canelas tinham tiras que subiam nas pernas.
Serviam para equipa-lo para as marchas e evitavam que os pés deslizassem.
As sandálias do cristão são a “preparação do evangelho da paz”.
Podemos aplicar este termo em dois sentidos:
A prontidão para anunciar o evangelho da paz.
Uma vez que temos a nossa paz restabelecida com Deus, devemos sair com
entusiasmo e firmeza para levar aos outros a mesma paz (Isaías 52.7).
A experiência da paz.
A paz deve dominar no coração do cristão em Cristo
(Colossenses 3.15) ( Filipenses 4.7).
Se esta paz não reinar em nosso íntimo, não teremos condições de ser pacificadores
(Mateus 5.9).
Para o nosso viver diário, diante de tantas ameaças e conflitos, precisamos de um
bom calçado que nos dê firmeza e proteção.
Só a paz de Deus nos faz estar firmes e seguros nos caminhos escorregadios da
tentação e nas ladeiras pedregosas da adversidade.
O escudo do soldado antigo lhe servia para
aparar as flechas que eram lançadas pelo
exército inimigo.
O escudo do cristão é fé.
Com este escudo ele pode aparar todos os
mísseis incendiários, os dardos inflamados
que o Diabo lança contra o exército de Cristo.
Os dardos podem ser de várias espécies,
podem ser as acusações maliciosas, as insinuações da impureza e da malícia, os
indesejados pensamentos de dúvidas, de desobediência, de rebeldia e de medo.
Precisamos do escudo da fé que nos habilita a confiar plenamente em Deus e a descansar
na Sua fidelidade.
O capacete da salvação.
O capacete é a proteção para a cabeça.
O do soldado antigo era feito de bronze ou de ferro, forrado com material que o tornava
confortável à cabeça.
O capacete do soldado cristão é a salvação.
Ele o usa no sentido de que possui a salvação, que já lhe está garantida.
A salvação é sua possessão eterna.
Tendo este conhecimento, o soldado cristão enfrenta confiante o inimigo
(1 Tessalonicenses 5.8).
A certeza da vida eterna alimenta sua confiança na luta diária com o inimigo.
A espada do espírito.
A espada é a única arma ofensiva do cristão.
Cinco peças da armadura para a defesa, e só
uma para o ataque.
Isto pode significar que antes de responder
aos golpes de Satanás, temos que saber nos
defender dele.
A espada do soldado cristão é a Palavra de
Deus (Hebreus 4.12).
É a revelação escrita de Deus dada aos homens por inspiração do Espírito Santo
(2 Timóteo 3.16) ( 2 Pedro 1.21).
Munidos dela, o cristão pode derrotar o inimigo, como Jesus o fez (Mateus 4.4,7,10),
e também consegue se livrar das impurezas que querem invadir sua alma, porque a
Palavra santifica (Efésios 5.26).
Mas para manejar bem esta arma é preciso treinar.
O treinamento se dá mediante a leitura, meditação e estudo da Bíblia Sagrada
(2 Timóteo 2.15).
II – O SEGREDO DA VITÓRIA.
Depois de descrever a armadura, o apóstolo Paulo acrescenta a necessidade da oração
e dá a entender que devemos vestir cada peça com oração, e então continuar ainda em
toda oração e súplica.
Uma oração constante.
Orando em todo o tempo (1 Tessalonicenses 5.17),
isso significa que devemos nos
manter o máximo possível sintonizado com o Senhor.
Precisamos aprender a reservar tempo para nos
dedicar a oração e saber da necessidade de se buscar
o Senhor nas diversas situações da vida, colocando
tudo sob Sua orientação e vontade.
Devemos cobrir todas as esferas da nossa vida pela
oração, a fim de que Satanás não obtenha vantagem em nenhum de seus ataques.
Orar no Espírito.
Orar no Espírito é dirigir-nos a Deus na dependência do Espírito Santo, contando com
o Seu auxílio (Romanos 8.26).
Pelo fato de não sabermos orar como convém, o Espírito Santo que conhece a mente
do Senhor, interpreta diante Dele as nossas orações.
Há orações carnais, à moda daquela do fariseu (Lucas 18.11,12), que são feitas sem
nenhuma dependência do Espírito Santo, e há orações espirituais, mesmo estas
precisam da assistência do Espírito Santo.
Satanás tenta induzir o cristão à arrogância espiritual manifestada nas orações,
por isso a ordem é para orarmos no Espírito (Judas 20).
Orar com perseverança.
A perseverança é essencial, pois o inimigo está disposto a nos desanimar;
aproveitando-se do nosso cansaço físico, das preocupações, do trabalho e das
dúvidas, e agindo para nos fazer desistir de orar.
Jesus nos ensina a orar sempre e nunca esmorecer (Lucas 18.1).
Orar por todos os santos.
Nossas necessidades leva-nos à prática da oração egoísta, mas outros também
estão necessitados e as vezes muito mais do que nós mesmos, estamos todos
juntos nesta batalha, carecendo de forças para lutar.
A nossa união em Cristo é tão real que se um membro sofre, todos sofrem com
ele.
A vitória total da Igreja de Cristo depende da vitória individual de cada cristão.
A Cada dia devemos suplicar por toda Igreja, para que seja fortalecida e dinamizada
para a luta contra o mal.
Orar pelos missionários.
O apóstolo Paulo pede oração por ele, porque era suficientemente sábio para saber
da sua própria necessidade de força para ficar firme contra o inimigo, e era também
suficientemente humilde para pedir que seus amigos orassem com ele e por ele.
Com isso aprendemos da necessidade de orar pelos missionários.
Eles, como o apóstolo Paulo, estão motivados a pregar o Evangelho e precisam que
peçamos a Deus que lhes dê sabedoria e ousadia.
O apóstolo Paulo embora estivesse preso não pediu que orasse por sua libertação,
mas que intercedesse pelo grande ministério que ainda lhe cabia.
Autor: desconhecido
CONCLUSÃO
Não temos que fabricar armas para a luta espiritual, todo um arsenal já está à nossa
disposição, fabricado por nosso Senhor. Só nos resta apropriarmos desta armadura,
e com ela, certamente resistiremos no dia mau, e depois de termos vencido tudo,
permaneceremos inabaláveis (Efésios 6.13).
Um grande perigo que corremos nos dias atuais é nos deixar levar pelo modismo que
vez por outra surge, e são oferecidos aos crentes como recursos para a sua luta contra
o Diabo.
Não precisamos de nenhum outro armamento além deste que nos é oferecido
pelo Senhor.