“O medo nunca está no perigo,
mas em nós”. (Stendhal)
Quando, diante de um problema,
o medo nos vence,
o problema se torna maior que nós,
e nós nos sentimos cada vez menores.
Este sentimento está presente
numa impressionante história da Bíblia.
Escalados para espionar uma terra
a ser conquistada,
os agentes de Israel voltaram com um terrível relatório:
— Vimos ali gigantes.
Perto deles nós nos sentíamos tão pequenos
como gafanhotos (Números 13.33).
Felizmente, outros agentes, companheiros
na mesma missão, não foram tomados pelo medo
e garantiram:
— Nós somos fortes. Se o Senhor Deus nos ajudar,
Ele fará com que entremos naquela terra,
uma terra boa e rica! (Números 14.8).
O medo nos torna gafanhotos
e agiganta os nossos problemas.
Sem a visão de Deus ao nosso lado,
somos tomados pelo medo, que nos impede
de fazer o que podemos fazer.
Cristóvão Colombo pode ter sentido medo
diante de oceanos a vencer,
mas ele superou o medo
e descobriu o mundo moderno.
A família catarinense Schürmann,
quando se põe a um novo projeto pelos mares,
pode ter medo, mas toma os cuidados que precisa,
põe os perigos nos devidos lugares
e se lança a longas viagens oceânicas.
Podemos perder todas as visões,
mas não podemos perder a visão de Deus
ao nosso lado.
Nossa força é a presença de Deus.
Nosso vigor é ter os olhos dirigidos para Ele.
Ter esperança é viver segundo as promessas de Deus.
Fora disso, somos calados pelo desânimo,
paralisados pelo medo
e derrubados pela tragédia
anunciada ou imaginada.
A esperança nos leva a perguntar a quem a amamos
ou talvez a nós mesmos:
— Deus alguma vez te abandonou?
Israel B.Azevedo